domingo, 16 de agosto de 2009

Poesias de Manuel Botelho

Obras de Manuel Botelho

Sol e Anarda

O sol ostenta a graça luminosa,

Anarda por luzida se pondera;

o sol é brilhador na quarta esfera,

brilha Anarda na esfera de formosa.

Fomenta o sol a chama calorosa,

Artarda ao peito viva chama altera,

o jasmim, cravo e rosa ao sol se esmera,

cria Anarda o jasmim, o cravo e a rosa.

O sol à sombra dá belos desmaios,

com os olhos de Anarda a sombra é clara,

pinta maios o sol, Anarda maios.

Mas (desiguais só nisto) se repara

o sol liberal sempre de seus raios,

Anarda de seus raios sempre avara.

Ver, e Amar

Anarda vejo, e logo

a meu peito atormenta o brando fogo;

enfim quando me inflama,

procedendo da luz a bela chama,

S vejo por glórias, sinto por desmaios,

relâmpagos de luz, de incêndios raios.

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